terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Tigre-de-Java (extinto)
Tal como o tigre-de-sumatra, apresentava uma pelagem mais escura em relação aos tigres do continente, tendo um aspecto mais delgado. Pesava entre 80 a 120 quilos, sendo a segunda menor subespécie de tigre, só perdendo para o tigre-de-bali e pesando menos da metade do tigre-siberiano.Na ilha Java foram encontrados fósseis de tigres primitivos (Panthera tigris trinilensis), de 1,2 milhões de anos atrás.
Porém os modernos tigres-de-java não descendiam destes, e sim de uma onda migratória vinda do Sudeste Asiático, ocorrida entre o final do Pleistoceno e começo do Holoceno. Até o final do século XIX foram abundantes na ilha, quando a população humana começou a crescer em Java e como resultado as áreas de florestas foram sendo destruídas para dar lugar a plantações e cidades. Além disso os tigres passaram a ser caçados por sua pele, por esporte e para defender os rebanhos dos fazendeiros, e suas presas tradicionais também tiveram seus números reduzidos.Como resultado, o tigre passou a competir com outros predadores da ilha como os leopardos e cães selvagens. Em um período de menos de 100 anos, o tigre-de-java passou de ser considerado uma peste a um animal em perigo.
Na década de 1950 a população total de tigres estava reduzida a entre 20 a 25 indivíduos espalhados por toda a ilha, tendo sido extintos em 1960 do Parque Nacional de Ujung Kulon, famosa reserva natural de Java, aonde sobrevivem os últimos rinocerontes da ilha.
O último bastião dos tigres em Java foi uma área remota e montanhosa do sudeste da ilha chamada Meru-Betiri, que em 1972 passou a ser protegido. No mesmo ano houve o último registro visual de tigres na zona, e em 1979 foram vistos pela última vez umas pegadas que poderiam corresponder a três indivíduos diferentes.
Desde então não tem havido mais evidências confiáveis da existência do grande felino em Java, apesar da existência de alguns supostos registros visuais em Meru-Betiri que provavelmente correspondem na realidade a leopardos.
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